quarta-feira, 18 de abril de 2018

PRF: diretor-geral volta a confirmar o novo concurso

Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, pasta recém-criada pelo governo, confirmou a autorização de 500 vagas para o novo concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF)


O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Renato Dias, reforçou a realização do novo concurso público para policiais rodoviários, no último dia 20 de março, durante Seminário de Segurança e Desenvolvimento do Jornal Folha de São Paulo. De acordo com ele, o órgão ainda está em tratativas com o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPGD) para a recomposição total do efetivo e também a ampliação do quadro, no sentido de chegar mais perto do número ideal de policiais apontado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “O anuncio do novo concurso para nossa instituição – para 500 vagas, divulgado recentemente pelo ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann – é uma boa nova, pois sabemos que nossos policiais estão no limite da atuação, fazendo cada vez mais e dando resultados expressivos para a sociedade, comprovados pelos recordes sucessivos de apreensões em rodovias federais, além da diminuição do número de acidentes e mortes”, disse.

O diretor-geral da PRF já havia confirmado, no início do mês, por meio de resposta a questionamentos em sua conta em uma rede social, que o edital da nova seleção deve ser publicado ainda neste semestre, ou seja, até julho. Para isto, o órgão aguarda apenas a formalização, por meio de publicação em diário oficial, da autorização do MPDG.

De acordo com o ministro da Segurança, Raul Jungmann, o orçamento da recém-criada pasta para este ano será de R$ 2,7 bilhões e não haverá contingenciamento das verbas do órgão, conforme ficou decidido após reunião com o Ministério do Planejamento. 
A liberação para o novo concurso da PRF está relacionada ao principal objetivo do novo ministério, criado por Medida Provisória em 27 de fevereiro. No entendimento do governo, a pasta será responsável por coordenar e promover o combate à criminalidade em parceria com os Estados. 
Jungmann responderá pelo comando da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal (que também teve concurso autorizado para 500 vagas), Força Nacional e pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), antes vinculados ao Ministério da Justiça.

Avanços no Ministério do Planejamento


Após oito meses parado, desde 1º de junho de 2017, o pedido de autorização do certame teve seis avanços internos no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), somente no último dia 21 de fevereiro. Na mesma data, o processo foi reaberto no gabinete do ministério, passando para o Departamento de Legislação e Provimento de Pessoas, voltando para o gabinete, de onde foi novamente para o Departamento de Legislação e Movimento de Pessoas, onde já teve sua análise concluída e deve avançar nos próximos dias. A solicitação é para o preenchimento de 2.778 vagas de policiais rodoviários. 
Vale lembrar que, em decorrência da lei 13.371, sancionada pelo presidente Michel Temer em 2016, a partir de janeiro, a remuneração inicial da categoria passou a ser de R$ 9.931,57, já considerando o auxílio-alimentação de R$ 458.

Além disso, ainda de acordo com a lei, os servidores contarão com mais um reajuste, em janeiro de 2019, quando o salário passará a ser de R$ 10.357,88, também com o benefício.

O próprio diretor-geral da PRF, em declaração à imprensa, em dezembro, confirmou que a corporação pode entrar em colapso caso o concurso não seja realizado no decorrer de 2018. Segundo ele, a carência de pessoal, que atualmente é de 2.800 policiais, deve chegar a 4.800 até o final de 2018, e decorrência de aposentadorias, o que reforça a necessidade de nova seleção para recompor o efetivo, o quanto antes. Ele ressalta que estão previstas 2.053 aposentadorias no decorrer do ano. 

Além de prejudicar as atividades operacionais, a falta de pessoal deve acarretar o fechamento de 124 postos no país, caso o concurso não seja realizado, prejudicando aproximadamente 400 municípios, com a suspensão de policiamento em 18 mil quilômetros de rodovias. Em compensação, o pedido de autorização está parado no MPDG onde, desde 1º de junho, passa por análise na Divisão de Concursos Públicos.   
De acordo com a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais ( 
FenaPRF) o órgão tem pretensão de formar quatro novas turmas ainda em 2018. A PRF argumentou em seu pedido que nos últimos quatro anos uma grande quantidade de servidores se aposentou o que deixou uma lacuna de quase 3.000 postos e que isso tem prejudicado a segurança nas rodovias. 
No mesmo memorando encaminhado ao Planejamento, foi sugerido que seja autorizado um concurso público sempre que o número de postos vagos exceder a 5% dos respectivos cargos ou com menor número, de acordo com a necessidade e critério do Ministério da Justiça.

Vale lembrar que, no sentido de agilizar o processo, a PRF já conta com uma minuta do edital pronta, elaborada desde o final de 2016, com o objetivo de permitir que o concurso possa ser iniciado imediatamente após a eventual autorização do MPDG.

Para concorrer ao cargo de policia rodoviário é necessário possuir curso de nível superior em qualquer área de formação, além de carteira de habilitação a partir da categoria “B”. A jornada de trabalho dos servidores é de 40 horas semanais.


Vagas na Polícia Rodoviária Federal 

A PRF solicitou 2.778 vagas. Agora só falta a autorização do concurso. 


Atribuições do Policial Rodoviário 

Cabe ao servidor da área desenvolver atividades de natureza policial, envolvendo fiscalização, patrulhamento e policiamento ostensivo, atendimento e socorro às vítimas de acidentes rodoviários e demais atribuições com a área operacional do Departamento de Polícia Rodoviária Federal.

Concurso anterior


O último concurso da PRF para o cargo de policial rodoviário ocorreu em 2013 e foi organizado pelo Cespe/UnB. Ao todo foram registrados 109.769 inscritos para a oferta de 1.000 vagas. A seleção contou com prova objetiva, exame discursivo, teste de capacidade física, avaliação de saúde, avaliação psicológica, investigação social e análise de títulos.

A parte objetiva contou com 120 itens, sendo 50 de conhecimentos básicos e 70 de conhecimentos específicos. Conhecimentos básicos contou com temas sobre língua portuguesa, matemática, noções de direito constitucional, ética no serviço público e noções de informática. Já em conhecimentos específicos, noções de direito administrativo, noções de direito penal, noções de direito processual penal, legislação especial, direitos humanos e cidadania, legislação relativa ao DPRF e física aplicada à perícia de acidentes rodoviários.

Fonte: https://jcconcursos.uol.com.br/noticia/concursos/concurso-PRF-67551

Um comentário:

  1. E aí, conta mais da evolução. Como está o progresso na retomada do sonho? AlexMB

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